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Por que meu filho vive resfriado? Isso é normal?

  • Foto do escritor: kidzenithco
    kidzenithco
  • 16 de jun.
  • 3 min de leitura
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Se você é pai ou mãe de uma criança pequena, provavelmente já se perguntou — ou até desabafou —:“Meu filho vive doente!” Parece que mal melhora de uma gripe e já pega outra. Nariz escorrendo, tosse, febre baixa, sono bagunçado... E claro, aquele medo: será que tem algo errado?

A boa notícia é que, na maioria das vezes, isso é absolutamente normal. A má notícia? Ainda vai acontecer algumas (várias) vezes mais. Mas calma, que eu vou te explicar tudinho — e te mostrar como passar por isso com mais segurança e menos ansiedade.


O que está acontecendo com o corpo do seu filho?

As crianças, especialmente nos primeiros anos de vida, ainda estão construindo seu sistema imunológico. Elas vêm ao mundo com alguma proteção passada pela mãe (durante a gestação e, depois, pela amamentação), mas o sistema imune delas ainda é inexperiente.

Então, a cada vírus novo que aparece, o corpo precisa "aprender" a se defender. Como um treino. Cada infecção é como uma pequena aula para o organismo. Por isso, ficar doente na infância, dentro de certos limites, faz parte do processo de amadurecimento da imunidade.

Mas por que parece que ele está sempre gripado?

Isso acontece porque:

  • Existem centenas de vírus respiratórios diferentes (rinovírus, adenovírus, vírus sincicial respiratório, influenza, etc.)

  • As crianças se expõem com mais frequência, principalmente se frequentam creche ou escolinha

  • Elas têm o hábito de pôr a mão na boca, compartilhar brinquedos, abraçar, beijar e não têm noção de higiene ainda

  • O sistema respiratório infantil é mais sensível e reage mais intensamente

Resultado: uma criança pequena pode ter entre 8 e 12 infecções respiratórias por ano. Algumas mais leves, outras mais chatinhas. Mas sim, é comum.

“Mas antes da escola ele não ficava assim!”

Sim! Porque até então, ele estava protegido em um ambiente com menos exposição a vírus — como a casa, com poucos adultos. Quando começa a frequentar ambientes coletivos (creche, escolinha, parquinho cheio), a criança entra em contato com uma quantidade muito maior de vírus. É como se o sistema imunológico fosse pra academia: ele precisa se exercitar pra ficar mais forte.

Então, nos primeiros 6 a 12 meses de convivência em grupo, é esperado que a criança fique doente mais vezes. Depois, esse padrão tende a diminuir — o corpo começa a reconhecer os vírus e responder melhor.

Quando se preocupar?

Mesmo que seja comum adoecer, existem alguns sinais que merecem avaliação médica:

  • Febre alta e persistente ( mais de 48h)

  • Dificuldade para respirar, chiado no peito ou cansaço excessivo

  • Repetição muito frequente de infecções graves (como pneumonia)

  • Ganho de peso inadequado ou desenvolvimento que parece estar parado

  • Infecções que sempre precisam de antibiótico ou não melhoram

Se você tem essa impressão de que seu filho “vive doente e nunca melhora”, é válido conversar com o pediatra sobre isso. Em alguns casos, pode ser necessário investigar mais a fundo (imunidade, alergias, adenoide, refluxo, entre outros).


O que os pais podem fazer para ajudar?

Você não consegue impedir seu filho de se expor a vírus — e nem deveria. Mas você pode ajudar o corpo dele a responder melhor a essas infecções. Veja algumas dicas simples, mas muito importantes:

  1. Alimentação equilibrada: Frutas, legumes, boas fontes de proteína e alimentos naturais fortalecem a imunidade. Evite ultra processados no dia a dia.

  2. Sono de qualidade: Criança cansada adoece mais. Respeite os horários e rotinas de descanso.

  3. Ambiente com ar puro e ventilado: Evite exposição prolongada a ar-condicionado, fumaça, mofo e poluentes.

  4. Mantenha as vacinas em dia :Muitas doenças graves podem ser prevenidas com a imunização correta.

  5. Higiene com equilíbrio: Ensine a lavar as mãos, a usar lenço para tossir e a não compartilhar copos — mas sem neurose.

  6. Acolha os períodos de doença com empatia :A criança não está "fazendo manha" — ela está desconfortável, carente, e precisa de presença e acolhimento.

E sobre suplementos ou estimulantes de imunidade?

Essa é uma dúvida muito comum!Na maioria dos casos, não há necessidade de dar vitaminas ou imunomoduladores por conta própria. O uso deve ser avaliado pelo pediatra, com base em exames, alimentação e sinais clínicos. O excesso de vitaminas (sim, isso existe!) também pode fazer mal.

Conclusão: é cansativo, mas vai passar

Sim, é difícil ver o filho doente com frequência. Dá medo, atrapalha a rotina, causa insegurança. Mas a maior parte dessas infecções são leves, autolimitadas e fazem parte do processo natural de amadurecimento imunológico.

E com o tempo, você vai perceber: seu filho vai ficando mais resistente, os intervalos entre os resfriados vão aumentando, e tudo começa a entrar no eixo.

Até lá, respira, acolhe e... se precisar, chama o pediatra. Precisa de ajuda? Conheça nosso programa Cuidar de Perto


 
 
 

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