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A Relação Entre Nutrição e Desenvolvimento Cognitivo

  • Foto do escritor: kidzenithco
    kidzenithco
  • 5 de mai.
  • 3 min de leitura

criança comer bem e aprender

Quando pensamos no crescimento das crianças, logo imaginamos altura, ganho de peso, coordenação motora... Mas e o desenvolvimento do cérebro? Você sabia que a nutrição tem um papel direto na forma como as crianças aprendem, se concentram e se comportam?

A verdade é que alimentar bem uma criança é também nutrir sua capacidade de pensar, sentir e aprender. E hoje, vamos conversar sobre como isso acontece na prática — com dicas reais para aplicar na rotina e muita informação importante.


O cérebro cresce rápido — e exige energia

Nos primeiros anos de vida, o cérebro infantil passa por uma verdadeira maratona de crescimento. Até os 3 anos de idade, ele já alcança cerca de 80% do tamanho adulto. E mesmo assim, continua se desenvolvendo em estruturas e conexões até a adolescência.

Para sustentar tudo isso, o cérebro precisa de combustível — e não qualquer combustível: precisa de nutrientes específicos que ajudem a construir as células nervosas, formar sinapses e manter o equilíbrio químico necessário para o pensamento, o foco e a memória.

Ou seja, a qualidade da alimentação influencia diretamente nas funções cognitivas da criança.


Nutrientes-chave para o cérebro das crianças

Vamos destacar alguns nutrientes fundamentais para o desenvolvimento cerebral e onde encontrá-los:

1. Ácidos graxos ômega-3 (DHA e EPA)

Esses lipídios fazem parte da estrutura das membranas cerebrais. O DHA, em especial, é fundamental para o desenvolvimento da visão e da cognição.

Fontes: peixes de água fria (salmão, sardinha), linhaça, chia, nozes e ovos enriquecidos.


2. Ferro

O ferro é essencial para o transporte de oxigênio no sangue, mas também participa da formação de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina.

Fontes: carnes vermelhas, feijão, lentilha, vegetais verde-escuros (como espinafre) e cereais fortificados.


3. Zinco

Importante para a regulação da comunicação entre os neurônios, o zinco atua na memória, atenção e desenvolvimento motor.

Fontes: carnes, castanhas, sementes de abóbora, grão-de-bico.


4. Iodo

Fundamental para a produção dos hormônios da tireoide, que regulam o crescimento e o metabolismo do cérebro.

Fontes: sal iodado, frutos do mar, leite.


5. Colina

Contribui para a formação da memória e a estruturação das células cerebrais.

Fontes: ovos (especialmente a gema), fígado, soja, couve-flor.


6. Vitaminas do complexo B

Vitaminas como a B6, B9 (ácido fólico) e B12 participam da formação dos neurotransmissores e do material genético.

Fontes: cereais integrais, carne, ovos, leite, folhas verdes.


A importância da alimentação na infância

Muitas mães se preocupam com o cardápio da introdução alimentar, mas é preciso entender que a nutrição continua sendo crucial em todas as fases da infância e adolescência.

O que seu filho come hoje tem impacto direto no comportamento, no rendimento escolar e até na autoestima.

Alimentação desbalanceada, com excesso de ultraprocessados (ricos em açúcares e gorduras ruins), pode levar a quadros de irritabilidade, dificuldade de concentração e até atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.


E a seletividade alimentar?

Crianças seletivas, que comem poucas variedades, correm risco de deficiências nutricionais — principalmente de ferro, zinco e vitaminas. Por isso, o acompanhamento com nutricionista e pediatra é essencial nesses casos.

Algumas estratégias ajudam:

  • Apresentação criativa dos alimentos

  • Envolver a criança no preparo

  • Expor repetidamente (sem forçar)

  • Comer junto, dando o exemplo


O papel do café da manhã

Não pule o café da manhã! É a refeição que “acorda” o cérebro. Crianças que não tomam café da manhã podem ter dificuldade de manter a atenção na escola.

Sugestões simples:

  • Pão integral com ovo mexido

  • Iogurte natural com frutas e granola

  • Mingau de aveia com banana


Quando se preocupar?

Alguns sinais podem indicar que algo não vai bem do ponto de vista nutricional e cognitivo:

  • Atrasos de fala ou de linguagem

  • Dificuldade para manter atenção ou lembrar de coisas

  • Apatia ou irritabilidade frequente

  • Queda no desempenho escolar

  • Cansaço sem explicação

Nesses casos, é importante investigar junto a uma equipe multiprofissional, com pediatra, nutricionista e neuropsicólogo.


Nutrição é cuidado. É presença. É construção.

A boa alimentação não é sobre perfeição, mas sobre intenção. Não precisamos ter uma cozinha gourmet ou seguir uma lista rígida de superalimentos. O mais importante é oferecer variedade, carinho e constância.

Quando alimentamos bem nossos filhos, estamos investindo diretamente no futuro deles: um futuro com mais saúde, mais aprendizado e mais felicidade. Precisando de ajuda com alimentação do seu filho conheça o programa Bem Nutrir.

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